Fundador do WhatsApp detalha o comportamento dos brasileiros no aplicativo


Brian Acton é um dos co-fundadores do WhatsApp, o aplicativo de troca de mensagens mais popular no Brasil e que foi apelidado de "zap zap" pelo povo. Em entrevista ao portal Exame, ele deu alguns detalhes sobre o funcionamento do escritório nos Estados Unidos, que tem cerca de 200 funcionários, dos quais 80 são engenheiros, e disse que por enquanto o mensageiro gerenciado pelo Facebook não pensa em abrir uma filial aqui.

De novidade, o executivo deu alguns detalhes sobre o gosto local e características de usabilidade. Ele notou que os brasileiros usam muito os recursos de áudio:

" O brasileiro usa muito a voz, fazem muitas ligações. Vocês gostam de falar, creio eu. É uma característica cultural. Fiquei gratamente surpreso ao descobrir isso. Depois do lançamento das chamadas de voz, percebemos o quanto as pessoas gostam do recurso".

O executivo também deu detalhes sobre uma possível operação brasileira. Por enquanto, abrir um escritório no país está fora de cogitação. Disse ele:

"Agora é mais fácil e prático gerenciar tudo aqui da Califórnia. Há benefícios de ter presença local. Podemos aprender cultura e costumes do país e você estabelece relacionamentos. Mas ainda não estamos nesse estágio. A resposta não é um “não”, mas é um “ainda não”.

Segundo uma recente pesquisa do Datafolha, 71% dos brasileiros usam a plataforma para troca de mensagens pessoais e até mesmo corporativas. Isso mostraria uma confiança de que os dados por lá são protegidos - o que é indicado por um levantamento feito pela Anistia Internacional. Brian Acton comentou:

"Confiança é consistência ao longo do tempo. Pensamos nisso como resultado do que construímos durante muito tempo. Adicionamos recursos de segurança e recursos multimídia e mantivemos um forte foco em performance e confiabilidade. Com isso, conseguimos uma grande massa crítica de usuários do nosso aplicativo".

O WhatsApp tem enfrentado recentes problemas na Justiça brasileira. As autoridades alegam que o mensageiro não fornece dados que poderiam solucionar crimes. No entanto, os desenvolvedores garantem sigilo aos que usam o serviço. Esse bloqueio sistemático, que foi muito mais frequente ao longo de 2015, foi até criticado pela Onu (Organização das Nações Unidas). O caso está no STF (Supremo Tribunal Federal), instância em que o app alega que tais bloqueios violam o Marco Civil da Internet.

O co-fundador do WhatsApp, ainda durante a entrevista, alegou que a empresa não tem os dados solicitados pelos juízes brasileiros.

"O difícil é que muitas vezes o bloqueio tem a ver com produção de informações, dados de usuários. Para sermos honestos, não podemos fazer isso. Por isso, achamos que o bloqueio foi injusto. Só guardamos um pequeno número de dados de mensagens enquanto estamos entregando aos destinatários. Tudo que você tem fica no seu smartphone".

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